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A ILHA de OKINAWA, criadora do Karate


A Ilha de Okinawa foi, desde sempre, um ponto de contato entre a cultura chinesa e a cultura do Japão. É nesta ilha, sucessivamente conquistada pelos imperadores chineses e pelos senhores feudais japoneses, que o Karatê toma a forma sob a qual o conhecemos hoje na Europa, embora dividido em cinco estilos fundamentais.
Nessa época era proibida em absoluto aos habitantes da ilha, sob domínio japonês, o uso das armas. Mesmo as armas brancas eram interditas. Só os samurais invasores podiam fazer uso das suas.
Destas interdições nasce o Okinawte-Te, misto da escola Kempo e de técnicas locais. Constituíram-se seitas secretas que praticavam secreta e intensamente, de noite, entre discípulos seguros. Pés e mãos transformaram-se, em armas terríveis, capazes de substituir os punhos e as espadas. As pontas dos dedos tornaram-se tão perigosas como uma faca. Os cotovelos e joelhos, adquirem a potência das matracas, dos maços de ferro. Os braços, a solides dos sabres. Nesse Karatê, todos os membros eram utilizáveis procurando, sistemática e rapidamente, uma eficácia absoluta e rápida. Os golpes são sistematizados à velocidade máxima. Os estrangulamentos, luxações, projeções do corpo ao solo, foram totalmente abandonados, ficando como meios acessórios. Esta fase explica a diferença de eficácia entre o Karatê e o Jiu-Jitsu japonês, mais tarde substituído pelo Judô.
Cerca de 1900, o estudo do karatê foi divulgado em Okinawa pelos mestres Itosu e Higaona, já com carácter oficial e aberto. Depois o Governo Japonês, na pessoa dos ministros, convida os mestres a ensinar Karatê no Japão. É então que entre todos se destaca o mestre Gichin Funakoshi, como personagem de primeiro plano e figura de nível intelectual, mental e espiritual impar, como ainda hoje se venera o seu espirito para que presida ao trabalho em cada «Dojo». Esse o homem de olhar repousante e firma de que vemos, na parede central de cada «Dojo» de Karatê, a fotografia.
É ele que organiza a Escola Shotokan, codificando as actuais formas de Karate no Japão e insuflando a uma simples técnica a força mental do Karate como era praticado por Bodhidarma, associando o corpo e o espirito, como nas antigas formas do Kempo.

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