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PRINICPAIS LESÕES DO KARATÊ E A REABILITAÇÃO


As lesões no karatê ocorrem principalmente pelo trauma direto de golpes das mãos seguido pelos pés.  Em competições, o grau de contato é variado e dependente do estilo praticado, podendo ser de contato leve, semi contato ou full contact.
Procuraram estudar o risco de lesões no karatê através de questionários aplicados em 114 atletas. Não encontraram diferença entre os sexos, porem quando levado em consideração a graduação, há um aumento no número de lesões até a faixa marrom ...


As lesões no karatê ocorrem principalmente pelo trauma direto de golpes das mãos seguido pelos pés.  Em competições, o grau de contato é variado e dependente do estilo praticado, podendo ser de contato leve, semi contato ou full contact.
Procuraram estudar o risco de lesões no karatê através de questionários aplicados em 114 atletas. Não encontraram diferença entre os sexos, porem quando levado em consideração a graduação, há um aumento no número de lesões até a faixa marrom, atingindo um platô na faixa preta. Atletas que treinam mais que três horas semanais também estão mais sujeitos a sofrem mais lesões em relação aos que treinam menos. Por se tratar de um estudo retrospectivo era esperado que pessoas com maior graduação, conseqüentemente mais tempo de treino, fossem acometidos por mais lesões assim como os que treinam mais tempo semanalmente.
As lesões no karatê acometem principalmente a cabeça seguida por lesões nos membros inferiores e superiores e tronco. As lesões na cabeça de maior incidência são as lacerações como, por exemplo, cortes nos supercílios ou sangramentos seguidos por fraturas como as de nariz ou de mandíbula.
Para os membros as lacerações novamente tem maior incidência seguida por fratura ou deslocamento. As fraturas relatadas são as de úmero e de dedos, estas podendo estar associadas com luxação da interfalangiana proximal ou com fratura do quinto metacarpo.

REABILITAÇÃO APÓS IMOBILIZAÇÃO

Com a imobilização, por qualquer extensão de tempo, os elementos de tecido conjuntivo das cápsulas, ligamentos, tendões, músculos e fáscia perdem sua extensibilidade. Além disso, ocorrem alterações na estrutura do tecido conjuntivo como a diminuição de volume de Glicosaminogliano (GAG) e água levando a uma redução na distância entre as fibras de colágeno. Consequentemente as fibras de tecido conjuntivo estarão em contato uma com as outras e com a falta de movimento há o estimulo para a formação de ligação cruzada anormal. O resultado é a perda da extensibilidade e um aumento na rigidez do tecido.
Para o tecido muscular a imobilização leva a uma diminuição na taxa de síntese proteica logo nas primeiras seis horas. Esta diminuição provavelmente esta relacionada ao inicio da atrofia muscular, a qual representa o enfraquecimento ou a diminuição do tamanho do tecido muscular. A atrofia é resultante da falta de uso do músculo e da consequente perda de proteínas musculares que acompanha a inatividade. A força diminui de maneira mais dramática durante a primeira semana de imobilização, numa média de 3% a 4% por dia. Além da atrofia, esta diminuição de força também esta associado à diminuição da atividade neuromuscular do músculo imobilizado.
A imobilização causa também aumento na fadigabilidade do músculo, como resultado da menor capacidade oxidativa. Ocorrem reduções no consumo máximo de oxigênio, nos níveis de glicogênio, no número de mitocôndrias no músculo atrofiado e redução significativa na atividade mitocondrial sete dias após imobilização, o que acarreta uma redução na respiração celular e contribui para menor resistência do músculo.
Para a cartilagem articular há uma diminuição na síntese de proteoglicanas, amolecimento e redução da espessura, aderência do tecido conjuntivo fibroadiposo às superfícies da cartilagem, necrose por pressão nos pontos de contato entre as duas cartilagens e morte dos condrócitos.
Para os ligamentos a imobilização leva a uma redução significativa no estresse linear, no estresse máximo e na rigidez, diminuição na síntese e na degradação do colágeno, organização casual das novas fibras colágenas, redução na carga e nas capacidades de absorver energia do complexo osso/ligamento e aumento na atividade osteoclástica na junção osso/ligamento, acarretando aumento na reabsorção óssea nessa área.
No osso ocorre perda de densidade em resposta à menor sustentação de peso e contração muscular. A dureza óssea diminui uniformemente com a duração da imobilização, caindo para 55 a 60% do nível normal em 12 semanas, o osso torna-se mais quebradiço e, portanto mais suscetível a novas fraturas.
Durante a imobilização o tratamento já pode ser iniciado com intuito de diminuir o edema e efeitos da imobilização. A conduta a ser seguida é a utilização de gelo com a elevação, contrações musculares intermitentes e amplitude de movimento articular (ADM). Ativa para articulações acima e abaixo da região imobilizada, exercícios resistidos nos grupos musculares não imobilizados.
Após o período de imobilização as estruturas estarão frágeis, portanto são necessários cuidados para não traumatiza-las. Inicialmente o paciente referirá dor no inicio do movimento, que deve diminuir progressivamente, à medida que o movimento articular, força muscular e amplitude melhorarem. Podem ser usados recursos álgicos como gelo e neuroestimulação elétrica transcutânea (TENS).
Exercícios para ganho de ADM devem ser realizados com o cuidado de não sobrecarregar a parte distal da fratura até que seja confirmada cicatrização do tecido lesado. Com a certeza da cicatrização da estrutura podem ser realizados exercícios com sobrecarga normal. Para progressão da reabilitação deve ser realizados exercícios de alongamento para retorno da ADM original e exercícios com resistência para hipertrofismo muscular.
Em casos onde o membro inferior foi imobilizado deve-se ter cuidado com o apoio do peso corporal devido à fragilidade pós-imobilização nas estruturas citadas acima.

Fonte: http://fisioterapiadesportiva.blogspot.com


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