Atualmente o homem se esforça em uma arte
marcial tentando alcançar a faixa preta como um resultado de aprendizado para
lutar, embora na mesma medida em que progrida no treinamento se torna mais
consciente de um forte impulso: o de moldar-se a si mesmo, tranformando-se em
uma pessoa melhor, não somente possuidora de uma grande habilidade de combate,
mas também de dignidade e honra.
As artes marciais provenientes do Japão e
Okinawa apresentavam uma variedade de títulos e classes de graduações que eram:
1 - SHODAN - significando que se havia
adquirido o status de principiante.
2 - TIUDAN - significava a obtenção de um
nível médio de prática. Isso significava que o indivíduo estava seriamente
comprometido com sua aprendizagem, escola e mestre.
3 - JODAN - A graduação mais alta.
O sistema atual que rege a maioria das artes
marciais usando Kyu (classe) e Dan (grau) foi criado por Jigôro Kano, o
fundador do Judô Kodokan. Se o indivíduo permanecia dez anos ou mais
junto ao seu mestre, demonstrando interesse e dedicação, recebia o Menkio, a
licença que permitia ensinar. Essa licença podia ter diferentes denominações
como: Sensei, Shiran, Hanshi, Renshi, Kyoshi, dependendo de cada sistema em
particular.
Jigôro Kano, um dos mestres que influenciou vários estilos de karatê, tal podemos destacar o Shotokan e o Wando-Ryu.
Tradicionalmente
estes são sempre os objetivos de um estudante de artes marciais. A faixa preta
é uma recompensa outorgada ao cavaleiro atual, ao moderno samurai que
sacrificou muitas horas disciplinando sua mente e fortalecendo seu corpo no
intuito de alcançar o máximo de desenvolvimento físico e mental possíveis. A
faixa preta assim é um símbolo de habilidade.
O
resultado final é que muitas faixas pretas constituem um mau exemplo e produzem
uma má imagem do karatê. Muitas pessoas dizem que como existem as casas de
câmbio para as trocas de moedas, deveria haver centros de reavaliação onde os
faixas pretas pudessem ser reavaliados. O público não é consciente das
diferenças entre os sistemas diferentes de graduação e as pessoas podem ser
enganadas nos clubes que se outorgam faixas pretas rápido em um curto período
de tempo de treinamento com nítidos objetivos comerciais, atitude perigosa
tanto para o estudante como para a qualidade do ensino como um todo da arte
marcial. Em um clube sério, a faixa preta se alcança após 3 a 5 anos de
treinamento assíduo e duro sob uma orientação competente.
Cada
carateca deveria saber que a faixa preta não é sinônimo de um prêmio, mas um
objetivo e um símbolo da realização de um grande esforço dentro de um sistema
de graduação de máxima qualidade da qual se beneficia o estudante de karatê em
geral. Esta interpretação dos Dans deveria inspirar um sentimento de orgulho a
quem recebe um DAN através de um treinamento rigoroso.
EXISTEM TRÊS TIPOS DE FAIXAS PRETAS
1- Existe a pessoa que por
colaborar na divulgação do Karatê-dô tem o reconhecimento de seu serviço com um
certificado de Faixa preta Honorário (chamado em japonês de Mey-dan).
2- Existe a pessoa que é carateca
e treina regularmente, mas não possui índice técnico para ser aprovado em exame
de faixas oficial, por ser muito antigo, e para evitar constrangimentos, pode
receber uma faixa preta em reconhecimento ao empenho demonstrado. É o
Suisen-dan (grau por antiguidade).
3- E, por último, existe o
Jitsu-Kyoku-dan, que foi aquele praticante que se submeteu a banca examinadora
e foi aprovado, possuindo nível técnico e treinamento que justifica a sua
graduação.
Kuro Obi, um dos poucos filmes que expressa bem a filosofia do karatê
Faixa preta de Karatê não é sinônimo de professor de Karatê, mas sim, de pessoa que se sacrificou o suficiente para conseguir um relativo controle de seu corpo e de sua mente. Os cavaleiros e os Samurais de antigamente evitavam a todo custo os atos que pudessem ofuscar o juízo de sua honra. Muitos faixas pretas atuais usam o titulo para se autopromoverem, tendo em vista aquela antiga lenda de que um faixa preta era imbatível e que sabia tudo, usando um dos princípios básicos do karatê que é “Criar o espírito de esforço” muitos se acomodam e não fazem nada para melhorarem suas técnicas, ajudando assim aprimorar o verdadeiro karatê. Mas, Será que os faixas pretas modernos que pensam dessa forma poderiam ter uma atitude diferente?
Fonte: Portal São Francisco.
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